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Ministro de Lula chega aos EUA em sinal de disposição para diálogo com Trump



Em uma semana decisiva para o Brasil, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, desembarcou neste domingo (27) nos Estados Unidos e poderá ir a Washington discutir uma saída para o tarifaço se o governo americano demonstrar interesse em dialogar.


O presidente Donald Trump anunciou que taxaria em 50% os produtos brasileiros em retaliação ao tratamento dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao ex-presidente Jair Bolsonaro, seu aliado. A tarifa começa a valer em 1º de agosto.


Bolsonaro é réu em uma ação penal que apura uma tentativa de golpe de Estado em 2022. Trump chamou o processo contra Bolsonaro de "caça às bruxas" e foi acusado por senadores democratas de "abuso de poder" por tentar interferir na Justiça brasileira.


Oficialmente, Vieira participará de agendas na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, sobre a questão palestina.


A TV Globo/GloboNews apurou que o chanceler indicou que estaria no país em sinal de disposição para o diálogo, mas que só irá à capital americana se houver uma sinalização positiva do governo dos EUA para retomar as negociações sobre as tarifas.


As agendas na ONU estão programadas para segunda (28) e terça (29). Se os EUA não se manifestarem, Vieira retornará ao Brasil já na quarta (30), onde seguirá no esforço para abrir um canal de negociação com os americanos.


Comitiva


Além dos esforços do Itamaraty, uma comitiva de 8 senadores brasileiros está em Washington para uma série de reuniões sobre o tarifaço de Trump.


Integram o grupo:


Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado;


Tereza Cristina (PP-MS), vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado;


Jacques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado;


Marcos Pontes (PL-SP), vice-presidente do grupo parlamentar Brasil-EUA;


Rogério Carvalho (PT-SE);


Carlos Viana (Podemos-MG);


Fernando Farias (MDB-AL);


Esperidião Amin (PP-SC).


Os parlamentares permanecerão nos EUA pelo menos até quarta-feira. Na agenda, estão programados encontros com líderes empresariais, parlamentares americanos e representantes da sociedade civil.


G1 / Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil