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Inpe lança serviço inédito que prevê raios com 24 horas de antecedência. LEIA!

Inpe lança serviço inédito que prevê raios com 24 horas de antecedência
Um sistema inédito vai prever, com antecedência de 24 horas, a incidência de raios em todo país. 
A ferramenta, lançada nessa sexta-feira (4) no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP), vai antecipar a informação sobre descargas elétricas. A intenção é que o sistema evite mortes por conta do fenômeno.
A ferramenta foi desenvolvida durante cinco anos pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) e  deve estar disponível no próximo verão no site do instituto, como já ocorre com a previsão do tempo.
De acordo com o coordenador do Elat, Osmar Pinto Júnior, o mecanismo tem como objetivo indicar as regiões que apresentam potenciais de descargas elétricas. O mapa irá mostrar por meio de cores, que funcionam como alertas, quais têm mais probabilidade de ocorrência raios.

A margem de acerto é de 85% em uma área de 10 quilômetros - o que permite a previsão por municípios e, no caso de cidades como São Paulo, por regiões. "Esse índice de 85% é muito bom, mas pode ser melhor. Para isso, vamos precisar de alguns anos", disse.
O sistema consegue prever, por meio de um programa abastecido com informações como velocidade e direção do vento, umidade, temperatura e concentração de gelo na atmosfera quais áreas são mais suscetíveis às descargas elétricas.
Para bastecer o sistema de dados, o Inpe vai usar as mesmas estações que já utiliza para fazer a previsão do tempo.
Incidência

O Brasil é o país do mundo com maior incidência de raios, com média de 50 milhões de descargas no ano - sendo a maioria delas no verão.
Em média, por ano, morrem 110 pessoas e outras 500 ficam feridas após serem atingidas por descargas elétricas.
Visita
O ministro da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, esteve nesta sexta no Inpe e assistiu as apresentações sobre os principais projetos do instituto, como o satélite Cbers e a ampliação do laboratório de integração e testes (LIT), que depende de  liberação de R$ 260 milhões do Governo Federal.


G1/Foto: Marcos Ozanan / Inpe