O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou ter marcado de conversar com o seu homólogo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após breve encontro na Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), nesta terça-feira (23).
Durante seu discurso, o republicano afirmou que na curta interação que teve com o petista, concluiu que ambos têm uma “química excelente”, e que o líder brasileiro parece ser um “homem agradável”.
– Eu estava aqui, eu encontrei o líder do Brasil, nós nos abraçamos, e as pessoas falaram “dá para acreditar nisso?” Nós concordamos que nós vamos nos encontrar na próxima semana, não temos muito tempo para falar aqui, foram uns 20 segundos, mas nós conversamos e concordamos em conversar na próxima semana – declarou.
Na sequência, o chefe da Casa Branca demonstrou ter expectativas para negociar com Lula.
– Eu gosto dele, e ele gosta de mim. E eu gosto de fazer negócios com pessoas que eu gosto. Mas tivemos aqueles 30 segundos ali, foi uma coisa rápida, mas foi uma química excelente. Isso foi um bom sinal – previu.
Posteriormente, Trump mudou ligeiramente o tom e afirmou que o Brasil agiu de “forma muito injusta” com os EUA. Ele advertiu que a nação sul-americana vai se dar “mal”, caso opte por se afastar da potência norte-americana.
– Mas no passado, o Brasil tarifou nosso país de uma forma muito injusta. E por causa dessas tarifas, nós pusemos tarifas de volta, e também como presidente, eu defendo a soberania e direitos de cidadãos americanos. Eu lamento dizer que o Brasil está indo mal, e que vai continuar indo mal. E eles só irão bem se trabalharem conosco. Sem a gente, eles vão falhar como outros falharam – alertou.
As falas de Trump ocorrem após os EUA tarifarem os produtos brasileiros em 50%, em razão de supostas práticas comerciais injustas e “caça às bruxas” contra a direita brasileira. Lula, por sua vez, tem feito reiteradas críticas ao país norte-americano, defendendo que as práticas do atual governo têm violado a soberania brasileira.
No próprio discurso de abertura da Assembleia-Geral, o presidente brasileiro afirmou que o sistema internacional vive uma série de “atentados à soberania” e de “sanções arbitrárias”, embora não tenha citado Trump diretamente.
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